quinta-feira, 12 de março de 2009

CAPITÃO MARVEL JR.




INTRODUÇÃO
Capitão Marvel Jr., herói de quadrinhos, derivado do Capitão Marvel, foi personagem dos gibis da Fawcett, nos anos 40/50. Hoje, pertence a DC (1)). De acordo com informações oficiais, Capitão Marvel Jr. estreou, em aventuras solo, em Master Comics #30, de setembro de 1942, com arte de Mac Raboy (2). Antes, havia sido introduzido numa aventura do Capitão Marvel, na revista WHIZ COMICS 25, de dezembro de 1941. Em novembro de 42, ganhou título próprio.


INÍCIO
A história começa quando Freddy Freeman, jornaleiro, órfão, pescando com o seu avô, salvam um homem que se estava afogando (o terrível Capitão Nazi). Já em segurança no barco, Nazi desfere, de forma inesperada, violento soco no velho homem, matando-o. Freddy reage, mas é atingido por violenta pancada aplicada pelo vilão nazista com um remo. A seguir, Nazi o lança, gravemente ferido, no fundo do oceano. Eis que o Capitão Marvel aparece pondo em fuga o vilão e salvando o garoto do afogamento. Leva-o para um hospital, mas ao saber que não sobreviverá, Billy Batson se desespera, invade o nosocômio e o carrega para a câmara secreta do mago Shazam - que lhe havia dado os poderes do Capitão Marvel. Invoca o mago e lhe implora que salve a vida do jornaleiro. Este lhe pede que pronuncie o seu nome, SHAZAM! Billy o faz, transformando-se, mais uma vez, no Capitão Marvel. Ao vê-lo Freddy murmura: Ora, é o Capitão Marvel!, e de novo acontece o milagre; um relâmpago fulgurante transforma Freddy, pela primeira vez, no herói que, dai em diante, ficará conhecido como Capitão Marvel Jr., cópia mais jovem do Capitão Marvel, mas com indumentária de cor diferente: azul com capa vermelha, ao invés da fantasia vermelha com capa branca do Marvel Senior. Doravante, sempre que Freedy pronunciar o nome do Capitão Marvel, transformar-se-á no Capitão Marvel Jr. (no Brasil, bastava pronunciar Shazam!).






Whiz Comics #25 (Fawcett, dezembro de 1941). Este edição marcante publicou a origem e o primeiro aparecimento do Capitão Marvel Jr., que se tornou um dos maiores sucessos na história dos gibis. É parte dois de uma história de três-partes, que começou em Whiz Comics #21 e foi concluída em Master Comics #22, primeiro crossover (cruzamento) da história dos gibis. A arte foi de C. C. Beck e Mac Raboy. Uma edição original, custa, nos EUA, a bagatela de $1.800,00.




Os poderes dados por Shazam, não conseguiram anular a seqüela resultante da perversa agressão do Capitão Nazi. Freddy ficou permanentemente manco da perna esquerda, mas quando se transforma no Capitão Marvel Jr. a limitação desaparece.
Quando, nos anos setenta, a DC resgatou a Família Marvel, reinserindo-a no universo dos quadrinhos, também ressuscitou o Capitão Marvel Jr., que esteve presente em muitas aventuras solo, junto com a família Marvel e, durante algum tempo, fazendo parte do grupo dos Titãs, onde era conhecido como “CM3”.


(1) DC é uma das maiores editoras de revistas em quadrinhos, pertencente a WARNER e proprietária dos famosos personagens Batman, Super-homem, Wonder Woman, Liga da Justiça. Durante décadas, sua sede ficava na Cidade de Nova Iorque, Quinta Avenida, 666; nos anos noventa mudou-se para Broadway, 1700 (fizemos-lhe uma visita em 1999). O logotipo DC é abreviação derivada da revista Detetive Comics, a primeira da empresa.
(2) Emanuel Raboy nasceu em 9 de abril de 1914 na Cidade de Nova Iorque. Diplomou-se na escola secundária De Witt Clinton, que formou muitos desenhistas de gibis durante a idade dourada das HQs.
Raboy já era um artista realizado quando arrumou trabalho na Works Progress Administration, um programa de emprego patrocinado pelo governo - que contratava artistas para decorar lugares públicos.
Sua carreira nos comics começou em 1940 no estúdio Harry “A” Chesler, editora especializada em produzir quadrinhos para outras editoras. Trabalhou como free lance, em uma variedade de tarefas, para a Fawcett Publications, que editava as histórias do Capitão Marvel, até que, no ano seguinte, foi contratado como artista permanente.
Ficou mais conhecido por seu trabalho com o Capitão Marvel Jr, que estreou em setembro de 1941, com texto de Otto Binder. Raboy era um artista muito admirado, mas desenhava muito lentamente, necessitando de vários assistentes para completar suas tarefas em tempo. Extremamente sensível, em 1944, não tolerando as críticas de chefes e colegas, deixou a Fawcett, indo para Spark Publications onde assumiu as histórias de Green Lama até 1946.
Na Primavera de 1948 assinou contrato com a editora King Features para ilustrar a sunday page de Flash Gordon, mantendo-se nela até a sua morte ocorrida em dezembro de 1967.

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