quinta-feira, 14 de março de 2013

CAPITÃO MARVEL (ATENDENDO A PEDIDO)





UMA DAS MAIS DIVERTIDAS (E INGÊNUAS) AVENTURAS DO CAPITÃO MARVEL FOI PUBLICADA NO WHIZ COMICS 50 DE JANEIRO DE 1944 E REPUBLICADA NO BRASIL NO O GLOBO JUVENIL MENSAL, 52, DE FEVEREIRO DE 1945 (vide capa acima).
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Sei é difícil tentar entender em pleno século XXI, os quadrinhos criados na década de quarenta. Isto porque seus roteiristas e desenhistas obedeciam às regras éticas, morais e estéticas vigentes no contexto de uma sociedade ianque fechada e altamente conservadora.

Embora os quadrinhos tivessem nascido nas páginas dos jornais com uma postura crítica eminentemente social (vide Yellow Kid, o Menino Amarelo), no evoluir transformou-se num veículo descartável utilizado como mero passatempo para entreter uma demanda infantil. Enfim, os quadrinhos norte-americanos eram considerados um tipo de literatura de 2ª. Classe, infantilizada e destinada às crianças e aos adolescentes de então.

Por isso, ao lado das histórias e dos personagens encantados, abundavam a fantasia ingênua, alienada e bem-humorada, descompromissada (até certo ponto) com a realidade social. Isto só começou a mudar com a eclosão da 2ª. Guerra Mundial.

Hoje (2010), os quadrinhos são considerados uma mídia madura, respeitada e diferenciada capaz, no meu entender, de se ombrear com qualquer outra mídia conhecida – internet, jornal, rádio, TV, cinema, livro convencional, literatura, etc.

Resgatando o passado
Mas voltando ao passado, a criança de ontem, que fui, ficou bastante impressionada quando leu, pela primeira vez, a história do Capitão Marvel que, em gozo de férias, pretendia tomar um banho de rio quando algo imprevisível aconteceu... roubaram o seu uniforme o que gerou “o mais embaraçoso momento na vida do herói.” Vivi, junto com ele, a busca desesperada de sua famosa veste, e me senti solidário com a sua angustia de estar completamente nú – se bem que o desenhista, estrategicamente, não houvesse mostrado, em nenhum momento, a sua nudez para o leitor.

A HQ foi publicada no Brasil, em preto-e-branco, no O Globo Juvenil Mensal, 52, de fevereiro de 1945, com roteiro de Pete Constanza e desenho de Charles Clarence Beck (o famoso C.C. Beck).

De acordo com Barwinkel,
As primeiras aventuras do Capitão Marvel carregavam uma forte dose de ingenuidade que se manteve mesmo depois que vilões mais tenebrosos foram aparecendo na série. O herói foi criado por Otto e Earl Binder... Foi um dos primeiros astros do Gibi Mensal e figurou em diversas capas além de aparecer em todos os números. Prova de sua popularidade é que a partir de fevereiro de 1945 passou a ser publicado simultaneamente em O Globo Juvenil Mensal.
Postado a pedido: para quem ainda não leu, vale a pena baixar e ler. (José Queiroz)


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