quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

RELEITURA DA ORIGEM DO MR JUSTICE, DA EDITORA MLJ


PEQUENA BIOGRAFIA DE MR. JUSTICE

Estréia em Blue Ribbon Comics, no. 9, de fev de 1941






































Desde sua gênese, nas tiras diárias dos grandes jornais, (vide o Pequeno Nemo) a magia, o ocultismo, a fantasia plena e o kardecismo têm sido aliados permanentes das HQs. E não só os heróis específicos do sobrenatural (Mr Justice, Espectro, Doutor Estranho, o Sr. Destino) como os aventureiros mais ortodoxos (Capitão América, Capitão Marvel, Batman, Super-Homem) tiveram suas histórias enriquecidas com a participação constante de mágicos, feiticeiros, bruxas e criaturas sobrenaturais. As presenças deste seres encantados criavam um desequilíbrio fundamental em que o herói, por mais forte e super-poderoso que fosse, tornava-se, muitas vezes, indefeso perante rituais mágicos que nos enchiam de espanto e admiração. Como disse, uma vez, o Dr. Estranho: “Pouco importa se a magia é verdadeira ou não. Que viva o encantamento e que reine a magia”.

MR. JUSTICE, DA MLJ


GIBI MENSAL, 41A de julho de 1943
No caso particular de Mr Justice, o personagem foi criado em 1941, para a editora MLJ, por Joe Blair, com desenhos de Samuel Cooper. Apareceu pela primeira vez na revista Blue Ribbon Comics, no. 9, de fev de 1941, e lançado no Brasil na revista Gibi Mensal no. 31A em julho de 1943.

Tinha conotações kardecistas – era um ghost – composto de energia pura. Um príncipe inglês,  Sir James, herdeiro do trono da Inglaterra, na época regido pelo rei Artur, foi assassinado por opositores num castelo inexpugnável.

Séculos depois, em 1940, o castelo estava sendo  transportado para América, para não cair nas garras do nazismo. O navio que o levava foi torpedeado por um submarino inimigo e com isto o espírito do príncipe se livrou do cativeiro mágico em que se mantivera por séculos. Passou, então, a empregar os seus extraordinários poderes para combater o mal em todas as suas facetas naturais e principalmente sobrenaturais.





























Mr. Justice foi o herói preferido da minha infância. Considerava-o o mais poderoso de todos os super-heróis porque era um espírito capaz de enfrentar vilões sobrenaturais dos tipos: Gárgula, Vampiro Verde e, de quando em vez, até o próprio Satanás.
Frequentemente argumentava com um amigo de infância, tentando convencê-lo a aceitar Mr. Justice como o herói mais poderoso, mais popular e praticamente invencível. Ele, que era fã do Super-Homem, jamais concordou. Veio o tempo e deu-lhe razão. Aos trancos e barrancos, o Super persiste até hoje, enquanto o Justiceiro soçobrou, de uma vez por todas... mas enquanto durou, valeu a pena! (José Queiroz com a ajuda do falecido amigo, Ubaldo de Alcântara)

Você, leitor amigo, vai ler uma história de Justice. O roteiro e a diagramação das imagens foram feitas por mim.

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