quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

100 ANOS DE TARZAN


  • Johnny Weissmuller, como Tarzan, Maureen O'Sullivan, como Jane, e Cheetah, o chimpanzé, em cena do filme "Tarzan, O Homem Macaco", de 1932.
WASHINGTON, 28 dez 2011 (AFP) -Cheetah, o chimpanzé que protagonizou os filmes de "Tarzan" nas décadas de 30 e 40, morreu aos 80 anos, anunciou o santuário da Flórida no qual o animal viveu por mais de 50 anos.

"É com grande pesar que comunicamos a perda de um querido amigo e um membro da família em 24 de dezembro de 2011", afirma o site do Santuário Suncoast Primate de Palm Harbor, na Flórida.

Cheetah participou, entre outros, dos filmes "Tarzan , o Homem Macaco" (1932) e "Tarzan e sua Companheira" (1934), filmes clássicos que relatam as aventuras de um homem criado na selva, protagonizados por Johnny Weissmuller e Maureen O'Sullivan.

O chimpanzé, que chegou ao santuário em 1960, amava pintar com os dedos e assistir jogos de futebol americano. Ficava calmo ao ouvir músicas cristãs, afirmou ao jornal Tampa Tribune Debbie Cobb, diretor do Suncoast Primate.

"Ele sabia quando eu tinha um dia bom ou ruim. Sempre tentava fazer com que eu sorrisse se estivesse em um dia ruim. Era muito sintonizado com os sentimentos humanos", comentou Cobb.

Ron Priest, um voluntário que trabalha no santuário, afirmou que Cheetah se destacava porque conseguia parar com as costas erguidas, como um humano, além de ter outros talentos.

"Quando não gostava de alguém ou algo acontecia, pegava parte de seus excrementos e lançava. Podia arremessar a quase nove metros através das barras de sua jaula", recordou Priest.



Logo depois a revista Veja, 2250, de 4 de janeiro de 2012, divulgou um comentário da imprensa americana: "...a Chita (ou Cheetah) original teria morrido em 1938. (...) Os primatologistas afirmam que chimpanzés vivem até os 50 anos. O animal que morreu teria 80. Chita, que era macho, eternizou-se num papel de fêmea e por muito pouco não deixou sua marca na calçada da fama."


Na minha infância e adolescência, assisti alguns filmes de Tarzan, mas sempre os estrelado por Johnny Weismuller que, para mim, deu dignidade, legitimidade e verosimilhança ao personagem nas telas de cinema. Neste ano, completando 100 de criação da criatura estou re-publicando abaixo um artigo do amigo Fernando do site Quadrinhos Antigos (http://quadrinhosantigos.blogspot.com/). Quem quiser ler a versão no blog original basta acessar o endereço acima. (Queiroz)










2012: 100 Anos de Tarzan!

Durante boa parte do século 20, o herói preferido da garotada não tinha super-poderes, não usava máscara, nem tinha identidade secreta. O encanto de suas aventuras residia em sua integração completa com a natureza, estou falando é claro de Tarzan, o homem-macaco. Ele foi um dos personagens mais populares do século 20, apareceu em dezenas de filmes, séries de TV, desenhos animados e histórias em quadrinhos, mas suas origens estão na literatura. Ele surgiu em 1912 nas páginas de uma revista pulp chamada All Story. Criado pelo escritor Edgar Rice Burroughs, que embora nunca tenha ido à Africa, criou um universo próprio para o personagem, em sua interpretação o continente ganhou um ar de mistério e magia onde a selva africana escondia civilizações perdidas e criaturas fantásticas. O homem macaco apareceu em mais vinte e quatro livros e em diversos contos avulsos escritos por Burroughs, mais tarde outros escritores como Barton Werper, Fritz Leiber e Philip José Farmer também escreveram obras com o herói. No Brasil foram lançados dezoito livros de Tarzan, publicados pela Cia Editora Nacional a partir de 1933.
Nos quadrinhos ele estreou em 1929, desenhado por Hall Foster na forma de tiras, sendo depois substituído por Burne Hogarth. Nesse período o personagem também foi adaptado para o cinema na pele de Johnny Weissmuller, e ganhou ainda mais popularidade. Apesar disso, Edgar Rice Burroughs nunca escondeu sua insatisfação com os filmes de Tarzan, que segundo ele desvirtuaram seu personagem. Ele detestava em especial Elmo Lincoln, o primeiro ator à interpretar Tarzan ainda na época do cinema mudo, que transformou seu herói em um troglodita. O Tarzan de Burroughs é selvagem, mas também sensível e extremamente inteligente, a inteligência sempre foi a arma decisiva em sua luta pela sobrevivência na selva, foi o que permitiu que ele se tornasse o rei dos macacos.
Além das tiras nos jornais, o personagem ganhou uma revista própria pela Dell Comics no início da década de 1950 com desenhos de Jesse Marsh, a EBAL lançaria esta série no Brasil em 1951 e prosseguiria publicando as histórias do herói até 1989. Nos EUA, durante este período, ele passaria por várias editoras: Gold Key, DC Comics e por fim a Marvel. Tarzan só voltaria à ser publicado no Brasil em 1998 pela editora Mythos, desta vez aproveitando material da Dark Horse (que havia adquirido os direitos em 1992) em um inusitado confronto com o Predador (aquele mesmo do cinema).
Atualmente, o homem-macaco é publicado pela Devir em uma série de encadernados baseados nas edições lançadas pela DC Comics (com desenhos de Joe Kubert). Embora o personagem já tenha vivido tempos melhores, em nosso mundo intoxicado pela tecnologia ele parece despertar um interesse renovado. E com a acelerada destruição do meio ambiente, talvez hoje em 2012, ano em que comemoramos o seu centenário, seja hora das novas gerações aprenderem com o herói a sua mensagem de respeito e integração com natureza.

Tarzan nos quadrinhos
Para concluir esta postagem exibo duas ilustrações de Tarzan, a última possivelmente apócrifa, para sua reflexão, leitor amigo.

Um comentário:

  1. Olá amigo Queiroz,
    Parabéns pelo sucesso do Gibi Noltalgia em seu formato eletrônico, que eu não deixo de visitar direto.
    Antes de mais nada desejo a você e família um ótimo ano de 2012, que seja um ano de muita saude e muitas realizações para todos.
    Confeço que fico até acabrunhado com a simplicidade do Fantasma Brasil, perto do Gibi Nostalgia que tem este conteúdo fantastico, rico e com informações incriveis deste período dos anos 30 a 50, da época dourada do quadrinhos, onde tinhamos tantas publicações e tantos heróis.
    Agora o artigo escrito por Adolfo Caldas Freire, foi mesmo de emocionar, pois todos nós temos em nossa vida uma experiência semelhante onde na nossa infância e tivemos o Sebo onde comprávamos as nossas raridades; o artigo é simplesmente Fantástico.
    Continue meu amigo a trazer essas informações maravilhosas no seu blog, são informações que não podem ficar esquecidas e que as novas gerações precisam saber da existencia desta época "mágica".
    Grande abraço.
    Sabino

    ResponderExcluir