segunda-feira, 30 de abril de 2012

O SUBLIME FASCÍNIO DOS GIBIS





Os almanaques natalinos eram o grande presente de fim-de-ano.

Por que gosto de gibi?
Às vezes, costumo me questionar: Por que gosto tanto de gibis? Sério! Com tanta coisa importante no mundo, dispender tanto tempo e esforço por algo aparentemente fútil chega a ser ridículo, principalmente em tempos em que boa parte do romantismo que circundava os gibis mingou sem deixar rastros.




Gibi Mensal de agosto de 1949


Na verdade, o gibi não é apenas uma questão de distração, de pura diversão. Ele está arraigado na cultura, não apenas brasileira, mas de boa parte do mundo.

Cresci cercado pelas revistas de histórias em quadrinhos e suas referências simbólicas ao enfrentamento do bem contra o mal. Parodiando Gilberto Gil, posso afirmar que eles constituíram uma etapa necessária que me deram “régua e compasso” para enfrentar a realidade cotidiana ao me ajudar a desenvolver meu senso estético, de justiça e as posturas sociais crítica, tolerante e de aceitação das diversidades.






Contra-capa do Globo Juvenil Mensal de setembro de 1941

Desta forma, acredito que tenha contribuido para desenvolver e aprimorar, desde os primórdios de minha educação formal, uma perspectiva cultural essencial para minha evolução de homo sapiens. Tudo isto me ajudou a amadurecer a ideia de que a real importância das coisas é sempre relativa. Por isso, deste viés, sem piegas ou exageros, considero os quadrinhos uma forma de comunicação de massa essencial ao aprimoramento cognitivo e afetivo de crianças, adolescentes e adultos. Talvez seja por isto que eu gosto de gibis.


O resgate do tempo perdido




Edição Maravilhosa, da EBAL, quanta saudade!, como diz Magnago 

Ainda hoje, experimento, na forma de breves e intensos flashes (clarões), as emoções ainda vivas de vários gibis que passaram pelas minhas mãos e pelos meus olhos ansiosos por emoções.


 2


Gibi Mensal 25A, de janeiro de 1943 "emprestado" de O Guia dos Quadrinhos


Se não estou enganado, o meu primeiro contato com o gibi foi em 1942. Tinha simplesmente cinco aninhos (setenta, a menos, de que tenho hoje) e, lógico, ainda não sabia ler (as palavras) com a necessária competência, mas conseguia “ler”, admirar e entender (até certo ponto) as intenções expressas pelas figurinhas coloridas ou, em sua maioria, em preto e branco. Digo até certo ponto porque fazia uma deliciosa mistura da minha ingenuidade e  inocência fantasiosa da infância com o não menos fantasioso e fantástico mundo dos quadrinhos que se descortinava sedutor ante meus olhos abertos, ávidos e fascinados. Foi, sem dúvida, a época em que vivi, com toda intensidade, a magia dos gibis.


Para o seu deleite, amigo leitor, baixe o exemplar do Gibi trisemanal de quarta-feira, 21 de janeiro de 1948.




FAÇA OS DOWNLOAD













Nenhum comentário:

Postar um comentário